POESIA TODOS OS DIAS 17/12/19
POESIA TODOS OS DIAS 17/12/19
Todos dias eu escrevo meus poemas.
Essa mania deixou-me muita bagagem.
Todos os dias eu faço cuidar dela
Mesmo não conseguindo
atender a pedidos e separá-las em temas.
Releio, arrumo e público
Ainda mais escrevo.
Novas bagagens as quais me apego.
Em um ciclo infinito de bobagens.
Faço isso sonhando com o infinito
como quem deixa o recado
no quadro negro de avisos
mas com capricho esmero
para quem o leia achei bonito.
Que o queiram guardar
e assim seja lembrado.
Dias assim e por muitos dias
Mesmo após entender a inutilidade
Mesmo depois de ver o desinteresse
e sentir a casualidade.
Nos olhos de quem lesse.
Nada demais.
Não é nada importante.
Como se a Holanda
em sua produção de flores
Fossem bobagens
Quem plantaria flores
Em um mundo assolado
em guerra e fome.
Mas por alguma razão
As pessoas compram flores
E fingem não saber
ou nem querem ver
Como é a guerra e a fome.
Sei bem da guerra e da fome
Mas todos os dias eu escrevo poemas
Reescrevo, copio e edito
E depois eu os público
Onde puder
Tentando deixar
um mundo de fome e guerra
um pouco mais bonito.
Depois de ouvir grandes poetas.
Todos queremos ser grandes também.
mas a grandeza tem esse porém
A grandeza ela não se esconde
e mesmo escondida ela irrompe.
Finjo não saber disso.
e continuou a proteger meus versos
deixando-os à vista para que os leia.
Tento transmutar em belo
coisas horríveis e feias.
Uma bobagem atrás da outra
e eu como um bobo que sou
Continuo escrevendo bobagens.
Dante Locatelli.
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