Uma Farofa de Ratos
Uma Farofa de Ratos
Hoje não compro mais jornal, não engulo as notícias, nem sirvo de isca no mar sujo da ganância, onde o "peixe graúdo" pesca os desavisados para encher suas barrigas. Aproveito o que disseram as notícias dos jornais; elas não servem mais nem para embalar sua própria sujeira.Vejo que todos se preocupam com alimentação: "low carb, high protein"—isso me deixou intrigado. Fiz para eles uma farofa com os ratos, tamanha é a miséria em que todos transformaram o próprio conceito de riqueza. Hoje somos réus em um tribunal de ladrões. Foi aí que a brincadeira perdeu a graça e a piada morreu. Somos as vítimas de uma corja com títulos e ternos caros, enquanto eles julgam mentiras e punem verdades.
Quando duvido—e duvido de tudo—vasculho no lixo digital. Cato migalhas, sigo atrás do cheiro; onde fede mais, está sempre lá. Copio, compartilho, provoco, até fazer a mentira sangrar.
Querem enganar; eles sempre querem tirar algo mais, e eu estou sempre atento. Eu lia o "Times", mas hoje não leio mais—já apodreceu. Prefiro bula de remédio. Vou às redes sociais, falo com quem viu o rato comer o gato.
Mas, se ainda restarem dúvidas, pergunto nos fóruns, onde se equilibram entre boatos e verdades. Há mais verdade nos boatos do que nas manchetes; ela se esconde nas desculpas, nas cortinas de fumaça. Entro em bares para entrevistar as prostitutas; elas sempre sabem de tudo. Aqui, bêbados e ladrões são os gerentes e os donos dos crentes.
Hoje não há santo em nenhum altar—se é que houve algum dia. Todos apodrecem, podres até os ossos, e a podridão está depositada em sacos de luxo amontoados entre os nobres. Sim, vejo as pessoas que deveriam ser "nobres"; elas são muito piores que esses pobres de moral e espírito e convivem com o que há de pior. Eles são como jacarés nos esgotos e agora nadam de costas, pois as piranhas que os cercam estão famintas e desejam banquetear-se com suas entranhas.
Lembro-me de um termo antiquado: "cafajestes"—e tudo o que fazem justifica o nome. A verdade é brutal. Ali vejo interesses mordazes e a ganância em seu estado mais puro. Ela brilha como ouro para atrair os desavisados, almas vazias entregues à ilusão. Sugam-lhes o sangue, e resseca a carne, até que reste apenas a farinha de ossos— que é usado como alimento para os que se calam.
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