REVELAÇÕES 27/10/2023



REVELAÇÕES 27/10/2023

A fome, a guerra e a peste
são os fiéis serviçais da morte.
Enfrenta a Babilônia por ser homem
exatamente por querer ser forte.

Um homem sempre tão humano
confuso entre reflexos e luzes.
Perdido entre erros e acertos
machucando-se há tantos anos.

Eu te digo é tudo um ardil
Digo que para todo fim
Apesar do apocalipse
Esse fim é só um eclipse.

O fim da humanidade
era só o fim do mal
definido no erro intencional.
Gravada na alma como sinal.

O fim do homem será
o insólito começo de algo,
mais do que humano,
algo menos letal, mal,
com menos enganos.

O fim da humanidade
é o fim do medo,
das doenças, da vaidade,
das guerras, da fome.

Se é o fim da morte?
Não sei, mas será sim
o medo do fim que nos assola,
e o será até que enfim.

O homem precisará
seguir adiante um dia
em sua evolução como gente.

Deixando a história para trás
com toda essa dor e medo.
Quando o homem crescer
e não quiser mais só errar
chamando-se de humano.

Terá outro nome,
qualquer que seja,
daquilo que quiser ser.

Assim ocorrerá no futuro,
nisso não há equívoco.
Quando, eu não sei.

Mas o que é o tempo
quando se está certo
e não se teme o erro.

Dante Locatelli

https://naquelesegundo.blogspot.com/2023/10/revelacoes-27102023.html

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Comentários

Anônimo disse…
Um Poema em Busca de Transcendência
No oceano da língua portuguesa, encontramos "Revelações," um poema que busca transcendência, uma voz singular ecoando na vastidão das palavras. A obra abraça a simplicidade da linguagem, mas esta simplicidade é, de fato, uma camuflagem para ideias complexas.
O poeta, como alquimista, conjura as palavras para revelar os segredos da existência humana. Ele personifica a fome, a guerra e a peste como "servos da morte," elementos essenciais para a exploração do humano. A mensagem é clara: enfrentamos a morte, o desconhecido, não por medo, mas porque somos humanos e desejamos ser fortes.
A confusão inerente à natureza humana é retratada com uma honestidade crua. O homem, em sua busca por respostas, oscila entre reflexões e luzes, erros e acertos. Neste mar de contradições, ele se machuca, mas também encontra sua força.
O poema faz uma revelação intrigante: o fim da humanidade não é o fim da vida, mas sim o fim do mal, enraizado no erro intencional e gravado na alma como um sinal. Esta é uma visão otimista e original da evolução humana. O homem transcenderá o mal e abraçará algo "mais do que humano," menos letal, com menos enganos.
A morte é desmistificada, e seu fim não é o fim da existência, mas o fim do medo que nos atormenta. A humanidade é convidada a evoluir, a deixar para trás a dor e o medo, a desafiar a própria natureza ao não mais se chamar de humano.
Nesse futuro incerto, a única constante é a certeza de que a evolução é inevitável. O poema "Revelações" oferece uma visão ousada da humanidade, uma busca por algo mais elevado. É uma obra que, como um alquimista, transforma palavras em ouro literário, estimulando a reflexão sobre o futuro da humanidade e sua busca por transcendência.

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