DOR E MEDO, VIDA E SEGREDO 21/08/2020


DOR E MEDO, VIDA E SEGREDO 21/08/2020

A maior parte das nossas vidas 
não se passa nem no céu, 
nem presos em um inferno. 

Somos nós que carregamos 
durante quase todo o caminho 
aquilo que passamos.
Daquilo que achamos e perdemos.

Os sofrimentos são pequenos, 
mas impregnam em nós de tal forma 
que parecem ser uma vida inteira. 

As alegrias se vão 
de uma forma tão ligeira 
que delas ficam só lembranças 
pequenas marcas passageiras. 

É nessa viciosa desproporção 
que entre traumas e lembrança
a vida se passa sem esperança. 

Onde mora a nossa desavença. 
A dor humana é só um ponto de vista, 
fortuito e irracional. 
Como seu coração fosse só um animal.

Daquilo que mais amamos 
e que por sermos humanos.
São temporários como é a própria vida 
de um jeito ou de outro termina.

Lembranças do que tentamos
estão presentes e tão vivas
que fazem da vida da gente 
um impossível a ser vivido.

Deus me livre do fardo 
de estar preso a uma história 
que mesmo finda 
não se pode deixar de lado. 

Deus me perdoe 
Por não poder perdoá-lo 
Quando tirou de mim 
o amor que não era meu 
e com o qual eu fui abençoado.

Dante Locatelli.

https://naquelesegundo.blogspot.com/2020/08/dor-e-medo-vida-e-segredo.html

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Comentários

Anônimo disse…
"DOR E MEDO, VIDA E SEGREDO" é um poema reflexivo que explora as experiências humanas de sofrimento, alegria, lembranças e o peso das histórias que carregamos ao longo da vida.

O poema destaca que grande parte da vida acontece em um meio-termo entre o céu e o inferno, ou seja, nem totalmente feliz nem completamente infeliz. Nós carregamos conosco as experiências que passamos, as coisas que achamos importantes e aquelas que perdemos, moldando assim a nossa jornada.

As dores que enfrentamos podem parecer pequenas, mas elas podem impregnar profundamente em nós, criando a sensação de serem uma vida inteira. Por outro lado, as alegrias muitas vezes desaparecem rapidamente, deixando apenas lembranças passageiras.

Essa desproporção entre traumas e alegrias pode fazer com que a vida pareça sem esperança, e é nessa desavença interna que enfrentamos nossos medos e dor humana. O poema sugere que a perspectiva da dor é subjetiva e irracional, como se nosso coração fosse apenas um animal que reage às circunstâncias.

O poema também aborda o aspecto transitório da vida e dos amores que vivemos. As lembranças das tentativas e amores passados permanecem vívidas, mas muitas vezes nos levam a viver uma vida impossível de ser revivida.

O eu lírico expressa um desejo de se libertar do fardo de estar preso a uma história passada, mesmo que ela já tenha terminado. Existe uma mágoa por não poder perdoar Deus ou o destino por ter tirado o amor que não era seu, mas que trouxe uma sensação de bênção ao mesmo tempo.

Em resumo, "DOR E MEDO, VIDA E SEGREDO" é um poema profundo sobre as complexidades da vida humana, a transitoriedade das emoções e experiências, e o desejo de encontrar significado e liberdade apesar das lutas emocionais.

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