PRESENTE NATURALMENTE 04/10/19
PRESENTE NATURALMENTE 04/10/19
Só serão verdadeiramente amados
aqueles que não se deformam
ao tentarem ser mais, maiores
ou melhores do que são,
sim, é essa a verdade.
Só aqueles que tem coragem
de ser somente o que são
é que tem o direito
ao amor em pleito.
Não afastar todos aqueles
que amar nós poderiam
parece algo fácil e é,
Quando nos aceitamos
e podemos estar presentes,
sendo somente
quem somos naturalmente.
Afastamos quem amaríamos
e a quem nos amaria,
não sendo quem somos.
Atraímos sim outros,
todos aqueles que enganamos
enquanto fingimos ser
quem não somos
na falsidade de achar belo.
Quando não aceitamos
e somos quem não somos.
Quando fugimos de nós
perdidos e escondidos.
Somos levados a crer
que a falsa beleza
é a nossa chance
de sermos amados e assim
seremos melhores sendo outros.
Por todos aqueles
que enganamos,
fazendo-nos em desculpas.
Não era essa a intenção.
Queríamos o melhor, sim
o mais belo, mais
deixarmos de ser quem somos
Para sermos só uma ilusão
menor do que então
se poderia ser.
Deixei de ser verdade
para ser melhor por ignorância
ou falta de coragem.
Desculpe não era eu de fato
era um louco com um martelo
cuidando de flores
com um grande falta de tato.
Comentários
O poema destaca que aqueles que têm a coragem de serem exatamente quem são, sem máscaras ou pretensões, merecem o amor genuíno. Aceitar-se e estar presente como a pessoa autêntica é a chave para receber amor de maneira plena e significativa.
A mensagem central do poema sugere que quando tentamos ser alguém que não somos, afastamos aqueles que poderiam nos amar verdadeiramente. Em vez disso, atraímos pessoas que são atraídas pela falsa imagem que projetamos, criando relações baseadas na ilusão.
No entanto, o poema também reconhece que muitas vezes agimos dessa forma movidos pela busca do que consideramos ser "melhor" ou mais aceitável. No entanto, ao fazê-lo, perdemos a autenticidade e nos tornamos estranhos até para nós mesmos.
A última estrofe do poema é uma reflexão sobre o arrependimento por ter se distanciado de sua verdadeira essência. O eu lírico lamenta ter deixado de ser autêntico e ter optado por uma ilusão. A imagem final do "louco com um martelo cuidando de flores com grande falta de tato" ilustra vividamente o desvio do verdadeiro eu em busca de algo que não era autêntico.
Em resumo, "Presente Naturalmente" convida os leitores a abraçar sua verdadeira identidade e a reconhecer que o amor verdadeiro e significativo só é possível quando somos autênticos e aceitamos a nós mesmos como somos. O poema serve como um lembrete poderoso da importância da autenticidade e da autoaceitação nas relações humanas e no amor.