ESTRANHAR NÃO É ESTRANHO 21/06/19
ESTRANHAR NÃO É ESTRANHO 21/06/19
Quem não é acostumado
com a gentileza estranha,
mas isso não é estranho
é só a falta, com certeza.
Pois quando se faz
aquilo que você deve fazer
podem até achar estranho,
mas estanho mesmo
é o não fazer.
Quando ser estranho
é continuar correto
Não pode ser errado
ser um cara estranho.
Dante Locatelli.
https://naquelesegundo.blogspot.com/2019/06/estranhar-nao-e-estranho_21.html
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O poema "ESTRANHAR NÃO É ESTRANHO" de Dante Locatelli explora a temática da percepção social da gentileza e da correção. Ele questiona as normas sociais que rotulam comportamentos corretos como estranhos, enfatizando que a verdadeira estranheza reside na omissão de ações moralmente corretas.
A linguagem do poema é direta e coloquial, o que facilita a conexão com o leitor. O uso da repetição da palavra "estranho" reforça a mensagem central, criando um ritmo que ajuda a enfatizar o contraste entre o que é considerado estranho e o que deveria ser normal.
Estrutura e Forma
O poema é composto por quatro estrofes de tamanhos variados, com versos livres. A falta de uma métrica ou rima fixa reflete a liberdade de pensamento do eu lírico, que questiona as convenções sociais de maneira aberta e despretensiosa.
O poema utiliza a imagem da "gentileza" como um símbolo de comportamento moralmente correto que é frequentemente mal interpretado. A estranheza associada à gentileza serve como uma metáfora para a incompreensão e a inversão de valores na sociedade.
O poema mantém uma coerência temática ao longo das estrofes, com cada linha contribuindo para a construção do argumento central. A repetição de palavras-chave e o uso de paralelismos ajudam a unir as ideias, proporcionando uma coesão interna ao texto.
"ESTRANHAR NÃO É ESTRANHO" é um poema que ressoa com qualquer pessoa que já se sentiu deslocada por agir de maneira correta em um mundo que muitas vezes valoriza o contrário. A reflexão proposta pelo poema é relevante e atemporal, convidando o leitor a reconsiderar suas próprias percepções sobre o que é normal e estranho.
Dante Locatelli, em "ESTRANHAR NÃO É ESTRANHO," desafia as convenções sociais e propõe uma reavaliação dos valores morais. Mediante uma linguagem simples, mas poderosa, o poema instiga o leitor a refletir sobre a verdadeira natureza da estranheza e da correção, revelando a profundidade das questões éticas no comportamento cotidiano.