O SILÊNCIO E AS BORBOLETAS 20/12/18



O SILÊNCIO E AS BORBOLETAS 20/12/18

Quando quem achava que nos amava desistiu
a vida ficou silenciosa, isso é bom e triste.
Esse ruído calado, era o sinal da vida
e o silêncio falado aqui se entende
por quem compreende o que é mudo.

O coração não é sincero quando se está
de mãos dadas com as fadas e Eros.
Pois quem gentilmente toma
aquilo que por amor se quer
é sim uma ser gentil, 
sem deixar de ser um déspota viril.

O inocente não entende
que a verdade logo em frente
não é o que se diz ou faz,
mas o que se sente
e como isso se reflete.

Tudo o que se cria fora disso
é qualquer coisa que passa.
Tão rápido como o que nos traspassa.

Quem é distraído consigo
em sua roupa prática
não parou para ouvir essa história.
Nem a sua ética frenética.

A história de quem estava
entretido com borboletas
que voavam a sua volta,
mesmo sendo tantas,
elas nunca foram nossas.

São todas borboletas em vôo solitário,
Enfeitam a vida e nos ensinam.
Tudo sobre a fragilidade e a sina.

Pois é inadvertida a nossa prisão
em uma borboleta, cuja memoria se guarda.
Ela nem percebeu a sua importância
durante o seu voo e partida.

A humanidade é nossa culpa,
mas e também é nossa desculpa.
A dor é inerente a vida
que dói vivendo-se de fato ou não.

São as lembranças do amor
que estão acima da vida e da morte
pois tudo passa, só o amor que não.

Dante Locatelli.

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