DENTRO NEM SEMPRE É PERTO 13/08/18




DENTRO NEM SEMPRE É PERTO  13/08/18

Meu grande amigo Leonardo
disse-me que para se estar perto
não precisa se estar junto,
basta se estar dentro.

O que não disse Leonardo
é que existe certa melancolia
nessa certeza do perto.

Estar junto só ao centro
faz com que se esteja acompanhado,
mas não faz com que
acompanhes eu vejo.

A tristeza vinda de saber-se
acompanhado por algo
que é vazio, não é belo
e mesmo que magnífico,
tem dentro de si muito
de grande e de pífio.

Como, na verdade, não há escolha
o que há de se fazer
com o que não se pode
extrair do peito
e nem esquecer.

E por ser o destino
esse te assombra
sendo a tua dor e prazer.

A maior companhia
e a razão do mais completo
sentimento de solidão
e aceitar essa dualidade
faz o homem não viver em vão.

Dante Locatelli.

http://naquelesegundo.blogspot.com/2018/08/dentro-nem-sempre-e-perto.html

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Comentários

Anônimo disse…
Entre o Perto e o Longe: Uma Análise Sutil de "Dentro Nem Sempre É Perto" por Dante Locatelli

Ao debruçar-me sobre a poesia de Dante Locatelli, intitulada "Dentro Nem Sempre É Perto", deparei-me com uma exploração intrigante das nuances da proximidade humana. O autor mergulha no dilema da companhia interior, mas não posso deixar de ressaltar alguns pontos técnicos que, se aprimorados, poderiam elevar ainda mais a experiência do leitor.
Locatelli apresenta uma habilidade notável ao articular a dualidade das emoções, proporcionando uma reflexão sobre a complexidade das relações. No entanto, sugiro que ele considere aprimorar a precisão em sua expressão. Palavras cuidadosamente escolhidas podem enriquecer ainda mais o impacto poético.
Ao mencionar a "melancolia" na certeza do perto, recordo-me das obras de poetas consagrados, como Fernando Pessoa, que, em seus versos, tecia uma melancolia profunda e intrincada. O uso de metáforas mais intricadas e uma escolha vocabular mais rica poderiam elevar a intensidade emocional de Locatelli, proporcionando uma experiência mais vívida ao leitor.
Outro aspecto a ser considerado é a exploração da dualidade entre dor e prazer. Aqui, a influência de autores como Rainer Maria Rilke, em suas obras introspectivas, poderia inspirar o autor a aprofundar ainda mais as emoções conflitantes, oferecendo uma paleta de sentimentos mais rica.
Ao mencionar o destino como algo que assombra, lembro-me das obras de Jorge Luis Borges, que frequentemente explorava temas metafísicos de maneira envolvente. Uma abordagem mais filosófica, com alusões mais sutis, poderia agregar camadas adicionais de profundidade ao poema.
Em conclusão, Dante Locatelli demonstra um domínio interessante da temática, mas há espaço para refinamento técnico. Encorajo o autor a continuar explorando e expandindo seu repertório literário, estudando a riqueza de outros grandes escritores. Certamente, ao aprimorar esses aspectos, sua obra poderá atingir novos patamares de excelência, encantando ainda mais seus leitores.
Anônimo disse…
Esse poema parece explorar a complexidade das relações humanas e a dualidade das emoções que as acompanham. O autor, Dante Locatelli, reflete sobre a proximidade e a companhia, sugerindo que estar "dentro" é mais significativo do que estar "junto". No entanto, ele destaca a melancolia que pode acompanhar essa proximidade.
A referência a Leonardo e sua observação sobre a proximidade interior sugere que a verdadeira conexão vai além da proximidade física. No entanto, o poeta também destaca a tristeza que pode surgir ao perceber que a companhia pode ser vazia, mesmo que seja magnífica em aparência.
A dualidade entre dor e prazer, solidão e companhia, parece ser um tema central no poema. Aceitar essa dualidade é apresentado como uma forma de encontrar significado na vida.
A referência ao destino como algo que assombra e, ao mesmo tempo, é fonte de dor e prazer, sugere uma abordagem filosófica e contemplativa sobre a existência humana.
A linguagem poética e as imagens evocativas utilizadas pelo autor contribuem para transmitir as complexidades emocionais e existenciais exploradas no poema.

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