O DESPEDAÇADOR DE AMORES 14/07/18
O DESPEDAÇADOR DE AMORES
Dante Locatelli
É estranho o ato da troca,
na loucura compartilhada,
por vezes ela é querida e oca,
e não se divide, mesmo alquebrada.
Em uma indagação sobre si mesmo,
ou de um terceiro, que não entende,
o amor em um desespero.
É interessante, se não é conosco.
A história de um despedaçador,
que tem amor por alguém partido,
e sonha em ser despedaçado
para poder ser teu abrigo.
Quem ama, não quer partir,
mesmo quando está quebrado.
O que se faz com o amor.
Quando se ama, amará até a dor,
e mesmo com a dor,
ainda será amor.
O amor se é de verdade,
frequentemente te faz sofrer,
e se te faz ficar, ele é maior.
Mesmo não podendo ser,
maior que a bondade.
O amor que não existe
para ser explicado
só pode ser declamado,
e sentido pode ser cantado.
Amando e sendo amado,
fazendo o bem, o quer também.
Enquanto isso for dor e prazer,
tudo fica bem mais complicado.
http://naquelesegundo.blogspot.com/2018/07/o-despedacador.html
#Poesia, #Poema, #Amor, #Dor, #Sentimentos, #LoucuraCompartilhada, #Reflexão, #Emoções, #AmorVerdadeiro, #Despedaçar, #Complicado, #AmorEsofrimento, #Bondade, #Declamar, #Sentir, #Versos, #Expressão, #AmorPartido, #TrocaEmocional, #DanteLocatelli
Quem ama, não quer partir,
mesmo quando está quebrado.
O que se faz com o amor.
Quando se ama, amará até a dor,
e mesmo com a dor,
ainda será amor.
O amor se é de verdade,
frequentemente te faz sofrer,
e se te faz ficar, ele é maior.
Mesmo não podendo ser,
maior que a bondade.
O amor que não existe
para ser explicado
só pode ser declamado,
e sentido pode ser cantado.
Amando e sendo amado,
fazendo o bem, o quer também.
Enquanto isso for dor e prazer,
tudo fica bem mais complicado.
http://naquelesegundo.blogspot.com/2018/07/o-despedacador.html
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O autor descreve a troca emocional como um ato estranho, uma loucura compartilhada que, às vezes, pode ser ao mesmo tempo, desejada e vazia, mesmo quando está danificada. Ele menciona a dificuldade de compreender o amor e o desespero que o acompanha, seja em relação a si ou a terceiros que não entendem.
O poema apresenta a ideia de um "despedaçador", alguém que ama alguém partido e até mesmo deseja ser despedaçado junto a essa pessoa. O autor enfatiza que aquele que ama não deseja partir, mesmo quando está ferido.
O poema sugere que, quando amamos, também amamos a dor, e mesmo com essa dor, o amor continua a existir. Amor verdadeiro muitas vezes nos faz sofrer, mas se nos faz permanecer, ele é maior do que qualquer coisa, exceto a bondade.
O poema conclui mencionando que o amor não pode ser explicado, mas sim declamado e sentido. Amando e sendo amado, e fazendo o bem, o que se deseja também, tudo se torna mais complicado quando o amor envolve dor e prazer.
A primeira estrofe estabelece um tom de contemplação sobre a troca emocional, destacando a dualidade entre o desejo de compartilhar e a sensação de vazio que por vezes acompanha essa interação. A ambiguidade da troca emocional, por vezes querida e oca, sugere uma reflexão sobre as profundezas desconhecidas do amor e das relações humanas.
Na segunda estrofe, o poema se aprofunda na temática do sofrimento como uma faceta inevitável do amor genuíno. A imagem do "despedaçador" que ama alguém partido e aspira ser despedaçado para ser abrigo, evoca uma entrega completa e desinteressada, onde o desejo de conforto supera a própria dor.
A terceira estrofe intensifica o paradoxo do amor ao afirmar que quem ama não deseja partir, mesmo em momentos de fragilidade. Isso sugere uma reflexão sobre a natureza resiliente do amor verdadeiro, que persiste apesar das adversidades e das imperfeições humanas.
A partir da quarta estrofe, o poema se volta para a contemplação do amor como uma experiência complexa e indescritível, que transcende explicações racionais e se manifesta através da declamação e da expressão emocional. A dualidade entre dor e prazer, complicação e simplicidade, reflete a profundidade das emoções envolvidas no ato de amar e ser amado.
Em suma, "O que se despedaça pela dor" é uma obra que não apenas explora as dores e as delícias do amor verdadeiro, mas também convida o leitor a refletir sobre a essência humana e a capacidade de sentir de forma intensa e genuína. Locatelli utiliza versos carregados de emoção para capturar a complexidade das relações interpessoais e a busca constante por significado através do amor.
Este poema não apenas declama sentimentos profundos, mas também convida o leitor a mergulhar nas profundezas da experiência humana, onde o amor verdadeiro se revela não apenas na felicidade, mas também na capacidade de enfrentar e superar a dor emocional.