O HORIZONTE DE PAPEL 30/08/2017

O HORIZONTE DE PAPEL 30/08/2017

Finalmente é a hora do poema.
Vou sair
levar a caneta para passear.
Fazer linhas na folha em branco.

Adoro esses momentos.
A caneta roncando no papel.
Enquanto corre
no meu pensamento.

Toda vez que eu quero poesia
Eu acabo
abrindo o vidro da minha dor.
Hoje quero que seja diferente.
Então parei
fitando a folha em branco.

Respiro fundo
e espero algum vento.
Ver para onde sopra
essa brisa de vida
que me abraça
e me leva.

Mas tenho que tomar cuidado
para não acabar caindo
dentro do vidro da saudade.

Então eu olho o horizonte
branco da folha de papel
no limite entre o branco e o céu.

E lá no futuro distante
Onde eu fujo da saudade
Olhando o horizonte
fazendo-me seguir em frente.

Aproveitando o ronronar
da caneta na folha de papel
O azul céu da minha caneta
É o limite do meu horizonte
É onde eu sonho
as minhas verdades.
é onde hoje
quero deixar para trás
as minhas saudades.

Dante Locatelli.

http://naquelesegundo.blogspot.com/2017/08/o-horizonte-de-papel.html

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