O QUE DO MEU AMOR FOI FEITO 15/05/2017
O QUE DO MEU AMOR FOI FEITO 15/05/2017
Era perfeita, mas com o tempo
e de toda feita quis outro melhor
e o meu castelo foi-se como que desfeito.
O que foi que você fez?
Foi por fazer-se sem pleito
com o que era a minha
semente de amor-perfeito
e que nunca mais germinará.
Você não tinha esse direito
subverteu a perfeição latente
que já seria degradada pelo tempo
sem deixar de ser perfeita.
Agora jaz maculada
anda achando-se retificada
mais o que era perfeito
agora ficou só como mal feito.
Não tem ideia do pecado
que cometeu para comigo
ao destruindo o meu abrigo
o que era teu e por amor
era também meu deixou-me.
O que foi feito
com o meu amor-perfeito
não tem mais jeito
O meu amor mudou.
Na verdade, nunca foi
Amei uma ilusão
o que ficou foi a saudade
do meu sonho que criou.
O amor é assim um caminho,
um fim, um meio e um destino.
Tudo ao mesmo tempo, e agora
e como assim não foi o seu
deixar-te-ei minha senhora
quando vir o seu futuro chegar
verá que o teu passado já se foi embora.
Dante Locatelli
http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2017/05/o-que-do-meu-amor-foi-feito.html
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Em seguida, o poema evolui para uma reflexão mais profunda sobre o amor. O eu lírico reconhece que amou uma ilusão e que o amor é um caminho, um fim, um meio e um destino, tudo ao mesmo tempo. Ele encerra o poema com uma nota de resignação, deixando a outra pessoa e o passado para trás e olhando para o futuro.
A linguagem do poema é direta e emotiva, e o uso de rimas e métrica dá-lhe um ritmo cadenciado e musical. A mudança na estrutura das estrofes também ajuda a transmitir a evolução do sentimento do eu lírico, passando de uma expressão de dor e raiva para uma reflexão mais profunda e resignada sobre o amor.
Em resumo, o poema "O QUE DO MEU AMOR FOI FEITO" é uma reflexão poética sobre o fim de um relacionamento e a natureza do amor. Ele é bem escrito, emocionalmente expressivo e evolui de um tom melancólico para um tom mais reflexivo.
O poema inicia com a descrição da perfeição inicial do amor, representada por um castelo, que gradualmente se desfaz. A voz poética questiona o que o outro fez para que essa transformação ocorresse, ressaltando a ausência de um acordo ou disputa prévia. O autor faz referência à semente de amor-perfeito, simbolizando a expectativa de crescimento e durabilidade do relacionamento, que agora se tornou impossível de germinar.
A voz poética expressa seu sentimento de injustiça, afirmando que o outro não tinha o direito de subverter a perfeição latente do amor. O autor reconhece que o tempo naturalmente poderia degradar essa perfeição, mas o fato de ter sido alterada antes disso é lamentável.
O poema continua com uma reflexão sobre a situação atual do amor, retratando-o como maculado e malfeito. A voz poética acusa o outro de não compreender o pecado que cometeu ao destruir seu abrigo e deixá-lo desamparado. O que antes pertencia aos dois, agora é abandonado.
O autor conclui afirmando que o seu amor mudou, revelando que o que ele amava era uma ilusão. O sentimento que resta é a saudade do sonho que se desfez. O poema encerra com uma reflexão sobre o amor como um caminho, um fim, um meio e um destino, mostrando a complexidade e a transitoriedade desse sentimento. A voz poética deixa claro que seguirá em frente, deixando a pessoa amada para trás, e que no futuro ela perceberá que seu passado já se foi.