UMA HISTÓRIA 10/11/2016
UMA HISTÓRIA 10/11/2016
Quando da minha infância
ainda antes dos cinco anos
passávamos algum período das férias
no sítio de um tio-avô
em São José do Rio Preto.
Lá dada a pouca idade
tenho algumas e boas lembranças.
Um boi mocho preto e branco
que não sei o porquê
tinha cheiro de doce de leite.
De um primo distante
do qual nem me lembro do nome
dando um salto mortal
acabou com um buraco na canela
pelo qual eu guardo remorso.
Pouco depois eu me lembro
de ter sido deixado para trás
em uma tarde quente de pescaria
o meu primo deve ter decidido
que eu era muito novo
ou por qualquer outro motivo.
ou por qualquer outro motivo.
Eu me lembro de incursões
todas as crianças da casa
em assalto a uma mangueira
apinhada de frutas.
Da guerra de caroços
e do banho no ribeirão
para esconder os destroços.
De toda essa história
O que eu guardo mesmo
e da preocupação de um parente
que desde novinho se fazia de valente
e que depois me deixou para trás.
Pouco medo de touro bravo
e uma felicidade boba ao ver
um pasto cheio de gado,
especialmente se for holandês
ou malhado.
E nunca mais
ter vontade de comer manga
dessas frutas maduras
que enfeitam as fruteiras.
que enfeitam as fruteiras.
Porque quem come fruta no pé
Não se seduz
por fruta nenhuma dessa maneira.
Fazendo um paralelo tosco.
Deve se por isso
que as nossas memórias
não nos mudam,
mas nos moldam.
mas nos moldam.
Depois de um amor verdadeiro,
amores assim passageiros
são só como frutas de fruteiras.
Amor de verdade,
tem que ter história
tem que deixar marcas
tem que ser lembrança
e tem que dar saudade.
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