AMOR, ÓDIO E MUITO MAIS 01/09/2015



AMOR, ÓDIO E MUITO MAIS 01/09/2015

Existem forças
que agem sobre todos.
Algumas delas antagônicas
geram entre os participantes,
uma situação típica de interação.

São reconhecimento ou estranheza;
interesse ou repulsa que claramente
se entende e tem muitos nomes.

São chamadas de certo e errado,
belo e feio, bem e mal, amor e ódio;
positivo e negativo; ou simplesmente
repulsa e atração.

Todos nós lembramos delas,
mas há uma terceira força.
Mais comum que essas duas,
ocorre invariavelmente em todos os lugares.

A indiferença.
A mais destrutiva de todas as forças,
a força da estagnação,
da inércia,
e por mais estranho que pareça,
poucos são os que percebem,
aceitam, entendem, evitam e temem.

A grande maioria das pessoas
está muito preocupado
com as primeiras
ignoram a terceira que destrói a todos
e cada um a sua maneira.

Todos nós amamos e odiamos,
mesmo que se negue,
nem que sejam erros e defeitos.
Amamos sempre e amamos várias coisas,
o que temos são prioridades
nas quais imputamos valores
e dos quais extraímos temores.

Todos deixamos para trás tudo
para focar naquilo que se faz em brilho.
Nossos amores e nossos ódios nôs definem.
Fazem-nos crescer e nos modelam.
Retiram de nós a massa excedente
daquilo que não queremos
e como um escultor em gesso
também acrescenta.

É assim que modelarmos as nossas almas.
Esse é o caminho do amor e do ódio.
Do reconhecimento e da aversão.

Fora desse foco,
do campo de visão
daquilo que se ama e odeia,
existe uma imensidão.

Um todo muito maior
para o qual estamos dormentes.
São focos de nenhuma
ou de menor atenção
aquilo que ignoramos
por alguma razão.

Por se achar pronto,
por ser cômodo,
por estar bom no momento
ou simplesmente por acharmos
que não é importa.

Com o tempo os amores e os ódios
se aquetam e se equilíbram.
Quando levantamos a cabeça,
vemos todo resto que perdemos.

Vemos o que sobrou
depois que o furação
do amor e do ódio passou.

Vemos os outros amores,
que ficaram pelo caminho
percebemos que uma vida não basta
para cumprir tantos deveres do coração.

Vemos também as coisas
que não vimos até então.
por estarmos distraídos no turbilhão.

Percebemos a quarta força.
Que é como a gravidade 
que está em todo lugar
vem de toda parte e tende a nôs juntar.

Tudo tem a suas razões
e seus porquês,
suas belezas e suas feiuras.

Depois de conhecê-los,
sabe-se o que se esperar deles,
conhecemos os caminhos
vemos que tudo é só uma parte.

Aprendemos a ter carinho
desejar o conhecido.
Aprendemos
respeito e motivo.
Engraçada essa vida da gente.

Dante Locatelli

http://naquelesegundo.blogspot.com/2015/09/amor-odio-e-muito-mais.html

#ódio, #amor, #contradição, #carinho, #julgar, #turbilhão.

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