LIBERDADE LIBERDADE 04/08/2016
LIBERDADE! LIBERDADE! 04/08/2016
São os gritos da mocidade.
Esse coro virou promessa
A quem querem enganar?
Os indolentes, os inexperientes.
Enganam a todos os tolos
Eles falam de liberdade
Imaginam o voo dos pássaros
ou o quebrar dos elos.
A maior prisão é do contentamento
Desta dificilmente se escapa
sem muros e sem lamentos
nos prendem de forma absoluta
e a defenderemos com luta.
Uma parede por opção
Não é jaula, é proteção.
Fugir de se enquadrar.
É o medo aprisionando o coração
O que não é bom.
Não existe liberdade de verdade
Somos todos prisioneiros
Seja por desejo ou por realidade.
Somos todos escravos
Não forçados ou acorrentados
Por escolha ou por ideias
E pela maior de todas elas
Pelo desejo de ter amor.
Falta de compromisso,
com os outros é um desperdício
fugir é só covardia
Ou outra coisa de gente vadia.
Não há felicidade na fuga.
Se há, não é fuga, é jornada.
Tem destino e hora de chegada.
Ou é também prisão.
É o lombo do camelo a tua morada?
Romântico mas desconfortável
Apesar de prático.
Amor é assumir a dor
sem se perceber
Amor é viver a dor
que se quer ter.
Ser mártir do amor
Em um sofrer sorrindo
Na dor, a qual é meu abrigo.
Amor é compromisso.
Querido e libertador.
Estar preso assim a liberdade.
A necessidade de não ter
e sem compromisso
o que é isso?
Liberdade em imagem.
É querer e poder se prender.
Preso ao amor
essa é a liberdade de verdade.
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http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/08/liberdade-liberdade.html
Comentários
A mensagem do poema é transmitida por meio de uma série de contrastes e paradoxos. Ele observa como o desejo de liberdade muitas vezes é interpretado de maneira errada, onde as pessoas imaginam pássaros quebrando correntes e se libertando. No entanto, o poema sugere que a verdadeira prisão pode ser a falta de desejo por mudança, a complacência e a resistência à necessidade de compromissos e responsabilidades. Isso é ilustrado quando o autor afirma: "A maior prisão é a do contentamento / Desta dificilmente se escapa / sem muros e sem lamentos."
A ideia de que o amor também pode ser uma forma de prisão é explorada, mas não de maneira negativa. O poema sugere que, apesar das dificuldades e sacrifícios que o amor pode trazer, ele também é uma forma de compromisso e responsabilidade que pode trazer verdadeira liberdade e realização.
No final, o autor destaca que a liberdade real envolve assumir compromissos, tanto consigo mesmo quanto com os outros, e aceitar as dores e dificuldades que vêm com eles. A mensagem principal é que a liberdade verdadeira não é necessariamente a ausência de amarras, mas sim a capacidade de abraçar escolhas e compromissos com responsabilidade e coragem.
Em suma, o poema "Liberdade! Liberdade!" é um convite à reflexão sobre o verdadeiro significado da liberdade e como ela está intrinsecamente ligada ao compromisso, ao amor e à aceitação das realidades da vida. Ele desafia a noção tradicional de liberdade como uma fuga das responsabilidades e explora a ideia de que a verdadeira liberdade pode ser encontrada ao abraçar o que é importante para nós, independentemente das dificuldades que isso possa trazer.