NO CAMPO DE VIOLETAS 01/01/2015



NO CAMPO DE VIOLETAS 01/01/2015

Em um campo de flores roxas e lindas
brotou uma Margarida.
Era um mar de lilases
nasceu amarela a minha querida.

São tantas flores lindas
que brotam em violeta calma.
Só tenho olhos
para ela destacada em amarelo.
Em meio ao frio da alma.

É Vênus a estrela que brilha
cor de banana madura e amarela.
De todas as cores é ela
cor mais quente de dar fome a bela.

A rica cor com cara de doce.
Em meio a tantas violetas.
É ela amarela.
Que não alimenta o homem,
mas é como se
alimento da alma fosse.

O frio amargo aquela campina
era desejo.
Ela é amarela
é a minha boca trêmula.
A espera do teu beijo.

É de se estranhar.
Que a cor da chama
mais quente seja azul.
Uma cor fria.
No contraste do roxo com o amarelo
os opostos se completam então.

Dante Locatelli.

https://naquelesegundo.blogspot.com/2015/01/nos-camos-de-violetas.html

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Comentários

Anônimo disse…
No campo de violetas de Dante Locatelli, as flores roxas e lindas formam um cenário poético, mas é uma singela Margarida amarela que destaca-se, como uma estrela brilhante no mar lilás. Nesse universo de cores, a escolha do amarelo para a protagonista, em meio ao frio da alma, é marcante.
A metáfora de Vênus como uma estrela amarela, cor de banana madura, destaca-se em meio às demais violetas. Essa cor quente, com cara de doce, é como alimento para a alma, ainda que não alimente o corpo. O contraste do amarelo com o frio amargo da campina sugere um desejo, uma espera de beijo, e a cor azul da chama, no contraste com o roxo, completa o cenário com harmonia.
Dante, em sua poesia, transforma um simples campo de violetas em um espaço onde as cores ganham vida e significado, criando um poema que não só pinta com palavras, mas também aquece a alma do leitor com sua paleta poética.

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