NAQUELA HORA 24/12/2014


NAQUELA HORA 24/12/2014

Estou naquela hora da sorte.
Aonde a noite já vai tarde.
O vazio entre um dia e outro.
É a verdadeira hora da morte.

Não estou eu morrendo
é só ausência de vida.
Os buracos entre os dias
não são nas meias noites.
São os caminhos
antes das idas.
Ocorrem mais tarde.
No meio da madrugada.
É onde o homem analisa
a própria existência.
Diante do espelho
em clemência.

É na angústia, no nada.
Analisando e sonhando
como a maioria,
ou acordado assim.
Hoje meio pensando,
meio sonhando.

Olhando a vida,
Tão típico das vindas
as neste horário de morte.
Sinto-me tolo e vazio.
Como alguém sem norte.
Sempre sofri de algo
Meio complicado
de ser explicado.
Um erro de desejo
em vazio de querer.
Um não ter
Um sem destino.

Tornando a vida um acaso.
Pontuam por interesses.
O que não é atraso
é sobrevivência.

São rápidos e passageiros esses.
Interesses que estranhamente
repetem-se em ciclos
como se um ao outro levasse
e sem escolha se lesse.

Um caminho cambaleante.
Como um passo precede
outro passo ou a queda.
Na verdade, não me tocam.
Mas se sucede e fazem parte.

Sou na maioria indiferente.
Do meu viver, da minha arte.
Fico aqui sentado agora
Sob o poste iluminado
No meio da neve
Além do guarda-roupa.
Pedindo emprestado.

Dante Locatelli.

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