LIXO 02/12/2014


LIXO 02/12/2014

O lixo é o comum.
As coisas simples que sobram
enchem-me os olhos
sem perda de tempo
quero esse lixo todo.

Um vitral que forma
figuras coloridas de luz.
Formam-se também arco-íris 
indistintos em cada fragmento.

São lixos de luz.
Não desperdice a sua cruz.
Quando penso nela
eu me sinto um lixo,
mas tenha certeza 
do que há a se fazer
o destino é transcender.

Com amor e contentamento
Esmero e desespero.
Possa-me sobrar a clareza
de um dançarino
Patinador ou bailarino.

Em um movimento delicado
desses que só a vida suporta
Em um sem pulo indistinto
de um movimento comum.

Que sobre a graça de transformar
Esse lixo todo da vida
em algo de bom e belo.
A invisível beleza 
presente em uma sutileza.

Dante Locatelli


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