DESERTO 13/11/14
A lua nasceu imensa
No coração do deserto
tão seco de sentido
sem ter nada por perto.
Se com a lua
já sou um ser incompleto.
só terra de deserto
banhada de luar
o meu chão de concreto.
Ressequido permanecem
os grãos da areia
que fazem o meu chão,
pois não pode ser só de luar
que vive o meu ser.
Brilha no céu em reação
nascida sem ter destino certo.
Cheia e clara recém-surgida
minha lua do deserto.
Não serve como prumo.
A lua em uma vida sem rumo.
Clareia tudo, mas não acalenta.
Um sentimento vazio
quase atormenta.
A lua sozinha sobe
solitária no céu a bela figura
E o sentimento meu amor
como viver sem água
nessa nossa vida dura.
É sempre assim
ela no céu a noite as estrelas.
suas companhias distantes
no deserto seco.
Aqui continuo gente.
Um cacto é coração
que sobrevive sem água
vive de lunação
Só sonha em ser a águia
de uma terra ressequida.
Dante Locatelli
http://naquelesegundo.blogspot.com/2014/11/deserto.html
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