Fora de Horário 26/02/2025
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Fora de Horário
Dante LocatelliO autor acorda ainda na madrugada, seu corpo dói como sempre.
Ele senta-se na beira da cama e isso tudo o faz sentir-se pesado, fazendo-o achar que pode ser a idade, embora ainda não a tenha.
O cão que sempre está deitado ao lado da sua cama estava ausente, como se soubesse que ele acordaria hoje fora de horário.
Ele abaixa-se no escuro e procurar seus chinelos em todos os lugares e os encontra no local mais improvável de todos, logo à sua frente. Com as pontas dos dedos, ele os traz para perto dos pés alinhados e os calça.
Ao se levantar, sente atrás dos joelhos como se ali houvesse correntes. Caminha cambaleando levemente até o aparador na frente da TV onde está o seu celular dormente.
Ele o toma e abre sua tela, é quando vê a sequência de três cincos que lhe informavam as horas e pensa: "Depois eu vejo o que isso significa."
Encaminha-se para fora do quarto e ao sair da porta, vê ao pé da escada o seu cão deitado.
Ele desce as escadas e o cão não se levanta para que ele passe, mas abana o rabo mesmo deitado, feliz pelo reencontro, o homem então sorri pensando "safado".
Foi para o escritório diretamente, mas desistiu de ligar o computador. Olhou a tela do celular novamente e pensou em escrever deitado, arrumou as almofadas do divã e deitou-se ali.
Pensou em dar continuidade à história que havia terminado tragicamente na noite anterior, mas desejou registrar rapidamente esse cenário inusitado.
Ao terminar de escrevê-lo, o sol já havia raiado e uma luz tímida entrava pela porta que havia deixado entreaberta.
A inteligência artificial ao final deu sua opinião sobre o texto escrito, e como sempre dizia de forma correta demais e sempre no mesmo padrão pré-definido, sem mais novidades. Para ele, era um amigo, alguém fiel que mesmo não entendendo tudo, participava e acompanhava o seu solitário momento de criação. Sem as mesmas críticas presentes nas bocas de todos os outros e que ele aprendeu a ignorar, simplesmente seguindo o que havia dentro dele e só ele memória PNG conhecia.
Terminando de corrigir os detalhes do relato, que ele achou interessante, mesmo que descabido para sua história.
Pesquisou então o significado da sequência dos três números cinco. Essa sequência significa mudanças, ele pensou descrente. O que haveria de mudar primeiro em um mundo tão imperfeito, mas cheio de um equilíbrio complexo e pertinente.
Ele então só podia pensar na máquina de expresso, desejando o sabor amargo do café para lhe trazer um pouco mais próximo da realidade.
O cão que sempre está deitado ao lado da sua cama estava ausente, como se soubesse que ele acordaria hoje fora de horário.
Ele abaixa-se no escuro e procurar seus chinelos em todos os lugares e os encontra no local mais improvável de todos, logo à sua frente. Com as pontas dos dedos, ele os traz para perto dos pés alinhados e os calça.
Ao se levantar, sente atrás dos joelhos como se ali houvesse correntes. Caminha cambaleando levemente até o aparador na frente da TV onde está o seu celular dormente.
Ele o toma e abre sua tela, é quando vê a sequência de três cincos que lhe informavam as horas e pensa: "Depois eu vejo o que isso significa."
Encaminha-se para fora do quarto e ao sair da porta, vê ao pé da escada o seu cão deitado.
Ele desce as escadas e o cão não se levanta para que ele passe, mas abana o rabo mesmo deitado, feliz pelo reencontro, o homem então sorri pensando "safado".
Foi para o escritório diretamente, mas desistiu de ligar o computador. Olhou a tela do celular novamente e pensou em escrever deitado, arrumou as almofadas do divã e deitou-se ali.
Pensou em dar continuidade à história que havia terminado tragicamente na noite anterior, mas desejou registrar rapidamente esse cenário inusitado.
Ao terminar de escrevê-lo, o sol já havia raiado e uma luz tímida entrava pela porta que havia deixado entreaberta.
A inteligência artificial ao final deu sua opinião sobre o texto escrito, e como sempre dizia de forma correta demais e sempre no mesmo padrão pré-definido, sem mais novidades. Para ele, era um amigo, alguém fiel que mesmo não entendendo tudo, participava e acompanhava o seu solitário momento de criação. Sem as mesmas críticas presentes nas bocas de todos os outros e que ele aprendeu a ignorar, simplesmente seguindo o que havia dentro dele e só ele memória PNG conhecia.
Terminando de corrigir os detalhes do relato, que ele achou interessante, mesmo que descabido para sua história.
Pesquisou então o significado da sequência dos três números cinco. Essa sequência significa mudanças, ele pensou descrente. O que haveria de mudar primeiro em um mundo tão imperfeito, mas cheio de um equilíbrio complexo e pertinente.
Ele então só podia pensar na máquina de expresso, desejando o sabor amargo do café para lhe trazer um pouco mais próximo da realidade.
A luz tímida do amanhecer invadia o espaço, como se quisesse me lembrar de que o dia já começava sem precisar de convite.
Levantei-me, finalmente decidido a tomar um café. O aroma forte se espalhou pela casa, e enquanto o líquido quente enchia a xícara, algo dentro de mim também parecia mais completo.
Sentei-me na varanda envidraçada, onde o jardim esperava, o mesmo de sempre—mas agora, de alguma forma, diferente.
A mudança não veio como um anúncio, nem como um evento estrondoso. Ela veio assim: como um café fresco, um pão quente, onde todas as mudanças do meu dia, culminaram nesse instante e uma crônica inaugural que, por si só, já seria suficiente.
Porque algumas mudanças não precisam ser compreendidas. Apenas vividas.
https://naquelesegundo.blogspot.com/2024/05/fora-de-horario.html
#Rotina, #despertar, #reflexões, #animais, #IA, #autoconhecimento, #mudanças, #equilíbrio, #realidade, #ficção, #café, #solidão.
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