O POETA É COVARDE
O POETA É COVARDE
De que fala o poeta, se não do amor.
Não é o amor a língua do poeta.
Se é tão somente do amor que fala.
Como pode, alguém que viver covarde
desta forma onde sempre é tarde.
O que seria da vida sem amor para o poeta.
Como ter medo do que a morte calaria.
Aquele que mal vive, quem calado é pobre coitado.
É por isso que poetas são, mártires,
carrega os estandartes.
Morre por sua arte.
O poeta é só um louco.
E morrer todo dia um pouco,
quando vive e nunca é livre.
Poeta covarde de si próprio.
Aquele que abandonou quem nunca fui.
E hoje vive pelo outro.
Por um amor que sempre é torto.
De que fala o poeta, se não do amor.
Não é o amor a língua do poeta.
Se é tão somente do amor que fala.
Como pode, alguém que viver covarde
desta forma onde sempre é tarde.
O que seria da vida sem amor para o poeta.
Como ter medo do que a morte calaria.
Aquele que mal vive, quem calado é pobre coitado.
É por isso que poetas são, mártires,
carrega os estandartes.
Morre por sua arte.
O poeta é só um louco.
E morrer todo dia um pouco,
quando vive e nunca é livre.
Poeta covarde de si próprio.
Aquele que abandonou quem nunca fui.
E hoje vive pelo outro.
Por um amor que sempre é torto.
Dante Locatelli
#Poema, #Poesia, #Amor, #Covardia, #Coragem, #Medo da morte, #Liberdade, #Autoconhecimento, #Arte, #Loucura, #Martírio, #Relacionamentos, #Reflexão, #Emoções, #Expressão artística, #Vida e morte, #Conflitos internos, #Autenticidade.
.jpg)
Comentários
A segunda estrofe mergulha na dualidade entre a vida e a morte, destacando o medo da morte como algo que silencia aqueles que não vivem plenamente. A referência ao poeta como mártir que carrega estandartes é evocativa, sugerindo uma luta constante e uma entrega apaixonada à sua arte.
A terceira estrofe revela a vulnerabilidade do poeta, retratando-o como alguém que vive em constante morte simbólica, preso em um amor que é descrito como sempre torto e inadequado. A expressão "morre por sua arte" encapsula a ideia de que a criação poética pode ser uma jornada de sacrifício e dor, mas também de revelação e transcendência.
Em termos de crítica, o poema se destaca pela sua profundidade emocional e pela habilidade de transmitir sentimentos complexos de forma poética. A metáfora do poeta como um ser constantemente em conflito consigo mesmo e com suas emoções cria uma atmosfera intensa e reflexiva. No entanto, algumas passagens podem se beneficiar de uma maior clareza ou coesão temática para fortalecer ainda mais a mensagem geral do poema.
A visão do autor sobre o poema como uma análise pessoal adiciona uma camada de complexidade e profundidade à obra, revelando as contradições internas e a luta constante do poeta consigo mesmo. Essa reflexão sobre a identidade e a autocompreensão amplia a significância do poema, convidando o leitor a mergulhar nas profundezas da mente humana e das emoções contraditórias que moldam nossa percepção de nós mesmos.
No geral, é um trabalho que revela uma compreensão profunda das questões existenciais e da condição humana, e que certamente estimula a reflexão do leitor sobre o papel do amor e da arte na vida do poeta. Essa abordagem multifacetada enriquece a apreciação e o entendimento do poema, tornando-o uma peça significativa na literatura contemporânea.