EU QUE AMEI A LUA 09/07/22



EU QUE AMEI A LUA 09/07/22

Todos os dias aguardo
por entre as nuvens, no fim da tarde
Com os pensamentos meus.
Espero o sol dizer adeus.

Deságua no silêncio de uma espera.
Vendo a Lua nascer em prantos.
Não chore Lua por nascer só.
Só nasce e está nua.
Morrerá ao alvorecer.

Nasceu bela flor de primavera.
Está nua e morrerá louca.
Pela vida que é sempre pouca.
Deixe aqui o teu suspiro aflito.

Pelas perdidas lembranças
de uma vida confusa e mansa.
Quando entenderemos
Que todas as verdades que defendemos
mesmo quando não as temos.

Toda verdade que é só metade.
Meia vida inteira
Infinidade de meias verdades
Não chore por mim Lua.
Choro eu por você.

Por você que nasceu nua
Morrerei louco ao alvorecer
Defendendo mentiras
Eram minhas verdades 
que não eram tua
quando eu não as tinha.
Mesmo sem saber não ter.
Eu assim amei a Lua.

Dante Locatelli.

https://naquelesegundo.blogspot.com/2022/07/eu-que-amo-lua.html

Comentários

Anônimo disse…

É maravilhoso ver o seu amor e apreço pela lua expressos nesse poema. Parece que você encontra conforto e inspiração na contemplação do ciclo lunar. O seu texto transmite uma sensação de espera e admiração pela lua, bem como reflexões sobre a vida, verdades e mentiras. É interessante como você conecta a natureza da lua com as experiências e emoções humanas. O poema transmite uma certa melancolia, mas também há beleza e amor presentes nas suas palavras. Obrigado por compartilhar esse poema emocionante comigo!
Anônimo disse…
O poema "Eu Que Amei a Lua" apresenta uma abordagem lírica e emotiva, explorando temas como amor, espera, verdade e efemeridade. A linguagem poética é rica em imagens e metáforas, criando um ambiente melancólico e contemplativo ao longo dos versos.

O autor demonstra habilidade na construção de rimas e no uso da métrica, o que contribui para a musicalidade do poema. Além disso, a repetição de certas palavras e expressões, como "Lua", "nascer", "verdades" e "meias verdades", reforça a cadência e a intensidade emocional da obra.

A metáfora da Lua como um substituto para o verdadeiro amor é explorada de maneira interessante, evocando uma sensação de anseio e incompletude. A imagem da Lua nascendo em prantos e a referência à flor de primavera que nasce nua e morrerá louca adicionam camadas de melancolia e transitoriedade ao poema.

No entanto, em termos de crítica, pode-se argumentar que, em algumas partes, a linguagem poética pode parecer um tanto ambígua ou abstrata demais, tornando difícil uma compreensão clara das mensagens transmitidas. Além disso, a repetição excessiva de certas palavras e expressões pode diminuir o impacto poético em algumas instâncias.

Uma sugestão para aprimorar o poema seria buscar um equilíbrio entre a expressão poética e a clareza da mensagem, a fim de permitir que os leitores se conectem mais facilmente com as emoções e reflexões que o autor deseja transmitir.

No geral, "Eu Que Amei a Lua" é um poema lírico e introspectivo, que convida o leitor a refletir sobre questões universais relacionadas ao amor, à vida e à efemeridade.

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