FRAQUEZA 04/10/2014
FRAQUEZA 04/10/2014
De todas as coisas feias
desta nossa humanidade
a mais patética em nossas veias
é a malfadada fraqueza.
O superlativo desta
fraqueza vadia
é a covardia.
Desprezo os fracos
quando são tão covardes
a ponto de nunca terem coragem
de dependerem de alguém.
É na comunhão da alma
em que o humano cresce
e desabrocha, se ilumina, floresce
Na solidão a alma infla
e retida na própria
finitude da consciência flufa
sufocando em egocentricidade.
De todas as coisas feias
desta nossa humanidade
a mais patética em nossas veias
é a malfadada fraqueza.
O superlativo desta
fraqueza vadia
é a covardia.
Desprezo os fracos
quando são tão covardes
a ponto de nunca terem coragem
de dependerem de alguém.
É na comunhão da alma
em que o humano cresce
e desabrocha, se ilumina, floresce
Na solidão a alma infla
e retida na própria
finitude da consciência flufa
sufocando em egocentricidade.
Dante Locatelli.
https://naquelesegundo.blogspot.com/2018/10/fraqueza-04102014.html
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Comentários
O autor sugere que a covardia é a manifestação mais extrema da fraqueza, destacando como aqueles que são excessivamente covardes nunca têm a coragem de depender de alguém. Essa observação é profunda, pois nos faz questionar como a solidão e o medo podem levar as pessoas a se isolarem e a negarem a si mesmas a oportunidade de conexão e crescimento por meio da comunhão da alma com os outros.
A segunda metade do poema contrapõe a solidão à comunhão da alma, enfatizando como o ser humano cresce, se ilumina e floresce quando se conecta com os outros. Essa parte do poema destaca a importância da empatia, do apoio mútuo e da dependência saudável nas relações humanas.
No geral, "FRAQUEZA" nos leva a refletir sobre como a fraqueza e a covardia podem moldar nossas vidas e nos impedir de alcançar nosso pleno potencial. Ao mesmo tempo, o poema nos lembra da importância da conexão humana e da comunhão da alma como uma maneira de superar a solidão e a autopiedade.
Dante Locatelli aborda esses temas complexos de maneira direta e impactante, tornando "FRAQUEZA" uma obra que nos faz questionar e refletir sobre nossa própria natureza e nossas interações com os outros.
A ênfase na fraqueza como "feia" e "covarde" reflete como a sociedade frequentemente estigmatiza a vulnerabilidade. No entanto, o autor também aborda a ideia de que a dependência e a comunhão da alma são essenciais para o crescimento humano. Isso nos leva a questionar como nossa cultura moderna, que valoriza a independência e a autossuficiência, pode estar nos privando de conexões mais profundas.
Sugere que a dependência e a comunhão da alma podem ser fundamentais para o florescimento humano. No entanto, também critica aqueles que são tão covardes a ponto de nunca terem a coragem de depender de alguém. Isso nos leva a questionar como equilibrar a independência individual com a interdependência saudável em uma sociedade moderna.
A questão da interdependência contra independência é crucial. No mundo moderno, muitas vezes somos incentivados a sermos autossuficientes, mas o poema nos lembra que todos nós, em algum momento, precisamos depender dos outros. Isso também pode ser lido como uma crítica ao individualismo excessivo em nossa sociedade contemporânea.
A autopiedade mencionada no poema pode ser vista como um reflexo do egocentrismo que muitas vezes encontramos em nossa cultura. O autor nos desafia a repensar nossas noções de força e fraqueza, independência e dependência, à luz de uma filosofia mais humanista e interconectada.
Em última análise, este poema nos convida a questionar como podemos equilibrar a busca pela independência com a compreensão de que todos nós, em algum momento, somos dependentes uns dos outros. Isso tem implicações filosóficas e políticas importantes para o mundo moderno, à medida que buscamos construir sociedades mais justas e solidárias.