O NADA 23/07/2015



O NADA 23/07/2015

Ninguém visita
o nada que seja
o mesmo nada que eu visito.
Porque cada um carrega
dentro de si
um nada distinto.

Cada um tem dentro
coisas diferentes
eu, você, tantas coisas
amores, lembranças, tanta gente.

Entre tudo isso há um hiato
Que não parece grande coisa,
mas dentro dele cabe
outro tanto de coisas.

Lembranças e pessoas.
Um outro infinito.
Nesse nada que parece ínfimo
Cabe tudo isso,
coisas e gente.

Podem caber nas nossas cabeças
O céu e o inferno.
Gente que existiu e passou.
Gente que nunca existiu
e o homem o criou.

Todos vivem por um tempo
dentro do eu que se foi.
E depois voltou.

Deixaram saudades
e um lamento.
Após terem ido.
Nesse sempre curto intervalo
Que o homem chama de tempo.

Dante Locatelli

#nada

http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/07/o-nada.html

Comentários

Anônimo disse…
O poema "O NADA", escrito por Dante Locatelli em 23 de julho de 2015, explora a ideia de que cada pessoa carrega consigo um "nada" distinto, uma ausência que contém lembranças, experiências e pessoas que fizeram parte de suas vidas. O autor reflete sobre como cada indivíduo possui suas próprias vivências e emoções únicas, e esse "nada" pessoal é preenchido por diferentes lembranças, amores e pessoas significativas.

No poema, o autor destaca que esse "nada" pode conter coisas importantes e até mesmo um "outro infinito" dentro de si. As lembranças e as pessoas que fizeram parte da vida de cada indivíduo ocupam esse espaço, independentemente de quão insignificante possa parecer.

O texto também menciona que todos vivem por um período de tempo limitado, mas durante esse curto intervalo, deixam marcas, saudades e lamentos após partirem. O poema aborda a natureza efêmera da existência humana e a importância de apreciar e valorizar as experiências compartilhadas com as pessoas ao longo do tempo.

O autor enfatiza que esse "nada" é preenchido por memórias, pessoas e experiências que deixam uma impressão duradoura, mesmo que a vida seja breve. A reflexão sobre o conceito do "nada" leva à compreensão de que cada pessoa é única e leva consigo uma história e um universo próprios.

O poema parece explorar a complexidade e a riqueza da vida humana, destacando como nossas experiências e conexões moldam quem somos e como deixamos nossa marca no mundo, mesmo que a vida seja breve.

Cabe destacar que o poema possui um toque filosófico, convidando o leitor a refletir sobre o significado da existência, a natureza do tempo e as conexões que estabelecemos ao longo da vida

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