A ÁRVORE DAS POESIAS 14/07/2015


A ÁRVORE DAS POESIAS 14/07/2015

Estou cansado de falar
e ver a minha voz se propagar
por um tempo curto
e depois se dissipar.

Como se eu não houvesse feito.
Tudo isso tem me deixado aflito.
Será que não é belo o que foi dito?

Eu simplesmente é irrelevante
hoje em dia,
tudo rápido pronto e eficiente.
É tudo tão flagrante.

Quem tem tempo
para filosofia
ou para poesia.
Por isso que não se reverbera
o tempo passa
e eu fico a espera
sem graça.

Todos querem games de ação
ou se não
cenas de sexo explícito
ou então
qualquer outro ilícito.

Assim tudo já pronto
sem esforço
E sem risco.
Querem assistir lutas
de ultimating fighing na tv.
Sangue, sem ter por quê.

Será possível que a beleza
ainda sobreviva escondida
para quem de verdade saiba
o que é bom da vida.

Será que a poesia pode ser
uma semente de árvore
Fique plantada e um dia cresça
e vire uma frondosa beleza.

Quem sabe,
quando toda ação sem emoção
perder a graça,
quem sabe então
alguém preste atenção
em algum conteúdo.

Que jaz,
atrás das letras,
desnudo
Invisível,
mas tímido.

Padece da ilusão
de ainda ser visível
Pelos pobres que o olham,
só que não é.

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