A OFERENDA 29/12/2019
A OFERENDA 29/12/2019
Posso entender do amor que molda
e reconstrói a qualquer preço,
mas o que eu devo dizer
do que suplanta a plasticidade da alma
que voluntário se faz de oferenda.
Graças a Deus ninguém é tela, ou vazio
e a despeito da oferenda divina desse dia
da própria carne em sacrifício ao deus do amor
e disso ser o teu desejo sincero e muito belo.
Lamentável é a verdade inóspita e seca,
para que o amor se faça é preciso
muito mais que só uma oferenda.
É necessária uma similaridade de alma
que ninguém explica e só existe
quando por um acaso divino já exista.
Essa temerária dor na negativa
é só nela que se guarda o verdadeiro amor
e desde quando se fizer presente
justificará toda falta que até então se fez
isso tudo e até quando ele estiver ausente.
Dante Locatelli
https://naquelesegundo.blogspot.com/2019/12/a-oferenda.html
#a_oferenda, #Dante, #Locatelli, #poema, #poeta, #amor, #rima, #verso, #poesia.
mas o que eu devo dizer
do que suplanta a plasticidade da alma
que voluntário se faz de oferenda.
Graças a Deus ninguém é tela, ou vazio
e a despeito da oferenda divina desse dia
da própria carne em sacrifício ao deus do amor
e disso ser o teu desejo sincero e muito belo.
Lamentável é a verdade inóspita e seca,
para que o amor se faça é preciso
muito mais que só uma oferenda.
É necessária uma similaridade de alma
que ninguém explica e só existe
quando por um acaso divino já exista.
Essa temerária dor na negativa
é só nela que se guarda o verdadeiro amor
e desde quando se fizer presente
justificará toda falta que até então se fez
isso tudo e até quando ele estiver ausente.
Dante Locatelli
https://naquelesegundo.blogspot.com/2019/12/a-oferenda.html
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Comentários
O poema começa com uma reflexão sobre o amor como uma força que molda e reconstrói a qualquer preço. No entanto, o poeta levanta a questão sobre o que dizer daquilo que vai além da plasticidade da alma, algo que se oferece voluntariamente como uma oferenda. Essa oferenda é descrita como algo que transcende a natureza comum das interações humanas.
Na segunda estrofe, o poeta expressa gratidão pelo fato de ninguém ser apenas uma tela em branco ou um vazio. Ele reconhece a beleza da oferenda divina, da entrega da própria carne em sacrifício ao "deus do amor". Essa entrega é elogiada como um desejo sincero e belo.
No entanto, o poeta destaca a verdade inóspita e seca, para que o amor aconteça, é necessário mais do que apenas uma oferenda. Ele destaca a necessidade de uma similaridade de alma, algo inexplicável que só existe quando já está presente por um acaso divino.
Na terceira estrofe se explora a dor temerária da negativa e sugere que é nessa dor que reside o verdadeiro amor. O poeta afirma que, quando o amor se faz presente, justificará todas as faltas do passado e continuará a ser sentido mesmo na ausência.
No título "A OFERENDA" sugere que o poema trata da entrega e da disposição de se doar ao amor. O poema explora a profundidade do amor, destacando a importância da entrega sincera e voluntária, além de ressaltar a necessidade de uma conexão profunda de almas para que o verdadeiro amor floresça.