DESCULPE-ME VINÍCIUS (Definitivo) 08/12/2015
DESCULPE-ME VINÍCIUS (Definitivo) 08/12/2015
Eu cresci a sombra das tuas letras.
Elas foram o pano de fundo
para os risos e prantos hoje distantes.
Falou da beleza que
entendia literal
e do amor proclamado e assim representado
confundiu todos os adolescentes.
Meu querido poeta na realidade,
não te trato no diminutivo,
como sei que você gosta,
pois não mereço essa intimidade.
Sei que te chamavam de "Poetinha".
Um contrassenso poético
do teu grande talento imenso.
Sei que esse tratamento
era reservado aos teus amigos.
Eu não tive essa felicidade.
Não mereço trata-lo assim
apesar do carinho que guardo
sem ter tido essa intimidade.
Caro poeta querido
Não é menor esse carinho e o meu apreço
por estar você errado.
Não há nada que seja infinito
Que se acabe no arder da chama da
vida.
Quando se consome o amor verdadeiro
Esse só aumenta definitivo.
O teu amor verdadeiro
Foi-se ao ser provado
O que foi provado é que desse
sentimento
de amor foi a ilusão que você guardou.
Era um grande poeta e entendia do
desejo,
da conquista, do delírio e de
seguir em frente.
Afinal o que sabia do amor,
daquele que cantou tantas vezes.
Não provou nunca o amor que
nunca achou
em tantas uniões que escolheu e
que deixou.
Foi falta de achar ou faltou força de ficar.
Que amor é esse que não te
sustenta.
Não, nunca amou meu caro poeta.
Só amou o desejo que corrói a alma
Por quem belo passasse pelos
portões dos olhos.
Confundiu sempre tesão com paixão.
Quem despedaçou teu coração?
De onde vinha esta falta de força
esse medo de se doar que entristeceu
teu coração
foi a razão de ser tão bela
a tua caneta que usava de martelo.
Dante Locatelli
http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/12/desculpe-me-vinicius.html
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