AUSÊNCIA 25/04/2015
AUSÊNCIA 25/04/2015
Buda viveu como Cristo
nada nunca escreveu
sem nada deixar escrito
disse coisas ao mundo
que o mundo nunca esqueceu.
Budistas e católicos
enfim todos os religiosos.
Guardam suas visões de Deus
Engraçado não ser o oposto
O homem toma conta, adeus.
O mundo continua em antítese.
O reverso do esperado.
Criam os infantes as teses
Na ideia de que tudo
pode ser demonstrado.
Eu espero o amor
tomando conta de tudo.
O que se sucedeu.
Foi só a vida que engoliu,
todos os amados do mundo.
Sobram sempre as crianças.
Livres do tormento e da consciência.
Correm atrás de sonhos.
Essas vidas de latência.
O que sobra a nos carecas da idade
e daqueles que não perderam os cabelos.
Ainda assim se foi o tempo
sobrando as vidas
nem sempre as verdades.
Assumimos a posição guardiã
Desesperançoso dos sonhos
Vendemos a ilusão da vivência
iludimos a própria existência.
Sobram os monges
Trancados um seus monastérios
Longe da vida e da experiência
Sem erros e sem vivências.
Sem sofrer
ou viver
mas
em paz.
É essa a resposta
Uma vida autocontemplativa.
É assim o homem perfeito
Apagando a emoção
soterrando a vida.
Pensem em uma vida perfeita
Voltem a ser crianças
Hoje é seu dia renasça
Entre neste trem sem destino
E não conte a ninguém, só o faça.
Pode não sair do lugar
As viagens do coração
quando assim tem e são
nem sempre locomovem.
Tenha sua jornada tranquila
meditativa, apaixonada
madura, louca, ocorrendo no ar.
Que dominada a emoção tão revolta
não perca seu ímpeto latente
possa mesmo apaixonados tornar-nos
gentis figuras de gente.
Dante Locatelli.
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