ELA NA JANELA 06/04/2015
Queria saber o que quer
aquela mulher da janela.
Será que é a mim que ela quer,
ou é de qualquer um
e de todos é o seu querer.
aquela mulher da janela.
Será que é a mim que ela quer,
ou é de qualquer um
e de todos é o seu querer.
O que pode querer
aquela mulher.
O que se pode esperar,
desse seu jeito de ser.
aquela mulher.
O que se pode esperar,
desse seu jeito de ser.
Importará a liberdade.
O que ela quer?
Será somente enlouquecer.
será que é isso
o que ela vai obter.
O que ela quer?
Será somente enlouquecer.
será que é isso
o que ela vai obter.
Será que se sabe querer.
Será que ela sabe o que quer.
Se fosse tão fácil saber
seria só perguntar.
seria só perguntar.
Quem sabe eu descubra
assim fácil, só no falar
não no que responder,
não nas palavras,
mas sim no brilho do olhar.
Dante Locatelli.
http://naquelesegundo.blogspot.com/2015/04/a-mulher-da-janela.html
assim fácil, só no falar
não no que responder,
não nas palavras,
mas sim no brilho do olhar.
Dante Locatelli.
http://naquelesegundo.blogspot.com/2015/04/a-mulher-da-janela.html
#ela_na_janela
Comentários
A repetição das perguntas "O que pode querer aquela mulher" e "Será que ela sabe o que quer" reflete a inquietação do eu lírico diante do desconhecido. A busca por respostas, mesmo sabendo que elas podem não ser facilmente obtidas, é um tema central que ressoa com a experiência humana de tentar decifrar os outros.
A menção da importância do "brilho do olhar" como uma possível pista para compreender as emoções e intenções da mulher na janela adiciona uma camada de profundidade à narrativa. Isso sugere a importância da comunicação não verbal e da conexão emocional na busca por compreensão mútua.
A ambiguidade do poema, onde as respostas não são fornecidas de forma direta, convida o leitor a refletir sobre suas próprias experiências de tentar compreender os outros e a reconhecer a complexidade das interações humanas.
Em última análise, "Ela na Janela" é um convite para explorarmos a natureza intrincada das relações interpessoais, reconhecendo que nem sempre podemos decifrar completamente as motivações e desejos dos outros, mas que a busca por entendimento é parte integrante da experiência humana.